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O que falar do Biodiesel |
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Daniel |
Enviada: Qui Abr 28, 2005 9:20 am Assunto: O que falar do Biodiesel |
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Registrado em: Sexta-Feira, 7 de Mai de 2004 Mensagens: 191 Localização: Rio de Janeiro
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Pessoal fiquei curioso de ouvir a opnião de vcs sobre o biodiesel.
Será que vai trazer benficios para nossos motores com preços mais baixos ou é só mais uma fonte para o governo ganhar mais $$$.
Abraços a todos. |
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Paulo Roberto Szabadi |
Enviada: Qui Abr 28, 2005 11:43 am Assunto: |
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Registrado em: Sábado, 19 de Fevereiro de 2005 Mensagens: 72 Localização: Santo André - SP
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Petrobras já distribui biodiesel em Belém
A Petrobras Distribuidora já está abastecendo a região metropolitana de Belém com biodiesel, combustÃvel misturado com óleos vegetais. O produto será vendido inicialmente no Posto Paravip, em Ananindeua, no quilômetro 8 da rodovia BR 316. O biodiesel será fornecido pela empresa local Agropalma, e na etapa inicial está prevista a compra de aproximadamente 200 metros cúbicos por mês. A mistura será realizada no terminal da distribuidora em Belém, numa proporção de 2% de biodiesel.
O biodiesel pode ser produzido a partir de uma variedade óleos vegetais, de plantas como soja, girassol, algodão, amendoim, dendê, nabo forrageiro, castanha e buriti; ou de gordura animal. Entre as vantagens do novo combustÃvel está a redução das emissões de poluentes pelos motores de caminhões e carros movidos a diesel.
A produção de óleos vegetais para adicionar ao diesel faz parte da estratégia do Governo Federal de incentivar a agricultura familiar, principalmente em pequenas propriedades em regiões como o Norte do paÃs, o semi-árido nordestino e o vale do Jequitinhonha (MG). A atividade poderá gerar renda e oferecerá alternativas para a população rural, diminuindo a migração para os grandes centros urbanos.
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Comunicação Institucional
Rio, 27/04/2005 _________________ Paulo Roberto Szabadi
Santo André - SP
szabadi@litoral.com.br
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Paulo Roberto Szabadi |
Enviada: Qui Abr 28, 2005 11:47 am Assunto: |
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Registrado em: Sábado, 19 de Fevereiro de 2005 Mensagens: 72 Localização: Santo André - SP
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Produção de biodiesel em alta escala terá incentivos
A mistura do biodiesel (vegetal) ao diesel (mineral) será de 2%, em 2005, e, progressivamente, atingirá 5%, em 2009
O governo federal lançará em novembro a regulamentação para a produção em alta escala de biodiesel. O anúncio foi feito ontem pela ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, no no seminário Metas do Milênio - O ABC Pensa o Futuro, em São Bernardo do Campo.
Hoje, Dilma estará reunida com produtores de óleo vegetal para discutir a formulação do programa. "Essa reunião faz parte do processo de definição, para o final de novembro, do marco regulatório do setor de biodiesel." As informações são de O Estado de S.Paulo.
Segundo a ministra, o programa do biodiesel exigirá uma "polÃtica determinada, que vai contemplar aspectos financeiros, tributários e também socioambientais".
Em princÃpio, estão sendo analisados os óleos produzidos a partir de palma, mamona, babaçu e soja. Entre as linhas já preestabelecidas, Dilma antecipou que a mistura do biodiesel (vegetal) ao diesel (mineral) será de 2%, em 2005, e, progressivamente, atingirá 5%, em 2009.
Além disso, simultaneamente, o governo vai estimular a criação de uma frota dedicada, formada por veÃculos 100% movidos a biodiesel.
"Isso vai facilitar a incorporação do hábito para se ter frotas inteiramente a biocombustÃvel", disse Dilma, informando que o objetivo do governo é de implementar a nova tecnologia especialmente em regiões urbanas.
A ministra destacou ainda o aspecto social do programa, pois principalmente a mamona pode ser cultivada em regiões de seca, como o semi-árido nordestino, e a intenção do governo é proporcionar geração de renda para pequenos agricultores.
Fonte: O Estado de São Paulo _________________ Paulo Roberto Szabadi
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Paulo Roberto Szabadi |
Enviada: Qui Abr 28, 2005 11:49 am Assunto: |
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Nova Metodologia atesta qualidade do biodiesel de mamona
Devido à s especificidades da mamona, planta caracterÃstica do Brasil, os laboratórios de QuÃmica do Cenpes desenvolveram metodologias para atestar a qualidade do biodiesel de mamona, principal foco da Petrobras, para a produção de biodiesel. As avaliações são feitas com as amostras vindas dos laboratórios e das Plantas Piloto. A análise possui três fases: ressonância magnética nuclear, cromatografia gasosa e metodologia para determinação da glicerina total. O objetivo do processo é evitar que o biodiesel de mamona comprometa a qualidade do diesel comum, durante a fase de mistura. A técnica desenvolvida pelo Cenpes obedece à s normas estabelecidas por uma portaria da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Antes da aplicação desta análise, a metodologia existente era voltada para oleaginosas mais comuns nos Estados Unidos e na Europa, tais como soja, palma e cousa. Segundo a consultora Fátima Dutra (PDGEDS / QM), "os profissionais do Cenpes descobriram que a técnica de cromatografia gasosa, da metodologia internacional, não se aplicava ao biodiesel de mamona", afirma. Com isso, "houve a necessidade de desenvolver uma nova metodologia capaz de determinar se os nÃveis de glicerina, mono e diglicerÃdeos em biodiesel de mamona estão dentro das prescrições da ANP", complementa a consultora.
As últimas análises do produto são feitas com os mesmos métodos do diesel derivado de petróleo. "O biodiesel de mamona vai ser utilizado como um diesel de petróleo, já que 2% dele será acrescentado ao diesel comum. Dessa forma, as análises finais do biodiesel de mamona, tais como ponto de fugor, ponto de névoa, viscosidade, densidade e número de cetano são as mesmas daquelas aplicadas a um diesel de petróleo", revela Sônia Maria Cabral, consultora (PDEDS / QM).
Fátima Dutra afirma que não haverá dificuldade na implementação da metodologia desenvolvida pelo Cenpes no resto do paÃs. "A ANP irá distribuir e divulgar essa técnica analÃtica nos laboratórios produtores de biodiesel de todo o Brasil",comenta. _________________ Paulo Roberto Szabadi
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Paulo Roberto Szabadi |
Enviada: Qui Abr 28, 2005 11:53 am Assunto: |
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Registrado em: Sábado, 19 de Fevereiro de 2005 Mensagens: 72 Localização: Santo André - SP
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RESOLUÇÃO Nº 49, DE 26 DE NOVEMBRO DE 2004
Aprova Recomendações sobre o
Programa Nacional do Biodiesel.
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL
SUSTENTÃVEL - CONDRAF, no uso de suas atribuições, e tendo em vista o disposto nos incisos II
e IV do art. 2º e art. 6º do Decreto nº 4854, de 08 de outubro de 2003, torna público que o
Plenário do CONDRAF, em Sessão Plenária da 4ª Reunião Extraordinária realizada em 04 de
novembro de 2004, resolveu:
Art. 1º - Aprovar as Recomendações sobre o Programa Nacional do Biodiesel,
na forma do Anexo a esta Resolução.
Art. 2º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
MIGUEL SOLDATELLI ROSSETTO
ANEXO
RECOMENDAÇÕES DO CONDRAF À PRODUÇÃO E USO DO BIODIESEL
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável - CONDRAF é um órgão
colegiado integrante da estrutura básica do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
O CONDRAF é um conselho paritário, composto por 38 membros com direito a voz e voto, e tem
atribuições de formulação, articulação, negociação e mediação de polÃticas públicas e ações
estratégicas em relação ao desenvolvimento rural sustentável.
No ano de 2003, foi revista sua composição, sendo ampliada e diversificada a participação de
instituições públicas, ao incorporar novas áreas de governo, e outras entidades de representação
dos agricultores familiares, quilombolas, comunidades indÃgenas, pescadores artesanais,
centros de educação por alternância, redes de cooperativismo da agricultura familiar e de
agroecologia.
O CONDRAF torna público as seguintes RECOMENDAÇÕES em relação à implantação
do Programa Nacional do Biodiesel:
I - Quanto a Gestão Social
a) realizar um amplo processo de debates e divulgação sobre o Programa Nacional do
Biodiesel envolvendo os atores sociais interessados, em especial as mulheres, os jovens,
quilombolas e indÃgenas, de modo a democratizar as informações e estimular a participação e
controle social do Programa;
b) o Governo Federal deve apoiar iniciativas de debates internos das entidades da sociedade
civil sobre o Programa Nacional do Biodiesel;
c) promover a participação efetiva da sociedade civil (inclusive em termos numéricos), em todas
as instâncias consultivas e, principalmente, deliberativas do Programa Nacional do Biodiesel,
através de suas principais entidades representativas;
d) garantir espaço para as redes de organizações da sociedade civil relacionadas com a
agricultura familiar nas instâncias descentralizadas de implantação do Programa, diante da intensa
capacidade de articulação que possuem
junto às associações rurais, aos fóruns e conselhos (nacionais, regionais, territoriais e
municipais) e às unidades de conservação, universidades, centros de pesquisa, igrejas e empresas;
e) criar Câmaras Setoriais ou Fóruns Regionais, sob a coordenação do Ministério de Minas
e Energia e do Ministério do Desenvolvimento Agrário, para buscar a convergência de ações, idéias
e sugestões na implantação do Programa;
f) garantir que a composição dessas câmaras ou fóruns seja paritária, plural, diversificada, e
representativa dos principais atores sociais e instituições envolvidas;
II - Em relação ao Desenvolvimento Sustentável
a) o Programa Nacional do Biodiesel não pode ser considerado, pelo governo e
pela sociedade, como solução única para o desenvolvimento da agricultura
familiar e dos assentamentos de reforma agrária;
b) o Programa Nacional do Biodiesel não deve ser instrumento de promoção da
monocultura entre os agricultores familiares e assentados de reforma agrária;
c) o Programa Nacional do Biodiesel deve vetar a utilização de sementes
transgênicas;
d) descentralizar a produção do biodiesel, iniciando pelas esmagadoras e
chegando às indústrias de transformação, incentivando a participação das
associações e cooperativas de agricultores familiares e assentados;
e) promover a articulação e a integração do Programa Nacional do Biodiesel
com a PolÃtica Nacional de Desenvolvimento Regional;
f) o Programa não deve estimular a substituição das culturas alimentares pela produção de
oleaginosas;
III - Em relação ao Modelo Tecnológico
a) definir que a tecnologia a ser utilizada seja poupadora de insumos, não dependente de
agroquÃmicos, centrada no uso de recursos locais e ambientalmente
sustentável;
b) apoiar a produção e distribuição de sementes não-transgênicas;
c) prever o apoio à produção e multiplicação de sementes à partir das organizações da
agricultura familiar e assentados;
d) promover a pesquisa e o estudo dos agroecossistemas, visando identificar o potencial
agronômico das espécies que já se mostraram adaptadas e/ou que sejam
conhecidas e manejadas pelos agricultores familiares das diferentes regiões do PaÃs;
e) garantir o processo de capacitação e a continuidade de serviços de assistência técnica e
extensão rural durante todo o Programa e segundo os princÃpios da PolÃtica Nacional de
Assistência Técnica e Extensão Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário;
f) nos termos da PolÃtica Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural garantir a
participação das instituições de assistência técnica e extensão rural governamentais e nãogovernamentais;
g) desenvolver pesquisas e aprimorar tecnologias de produção e processamento apropriadas Ã
agricultura familiar;
IV - Quanto aos Mecanismos de Inclusão Social
a) garantir a implementação de uma polÃtica tributária diferenciada para a agricultura familiar;
b) garantir linhas de financiamento adequadas para a agricultura familiar, tanto para a produção
de matéria-prima, como para o processamento;
c) reduzir a carga tributária de equipamentos para indústrias de pequeno porte de
esmagamento, filtragem de óleo e produção do biodiesel;
d) reverter parte dos impostos pagos pelo consumo de óleo diesel para o incentivo Ã
implantação do Programa, visando promover o desenvolvimento regional
e a inclusão social;
e) apoiar o Selo CombustÃvel Social, elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento
Agrário, como um mecanismo de incentivo social para o Programa, entendendo que o seu
aperfeiçoamento estará diretamente relacionado com o monitoramento e avaliação do Programa;
f) priorizar, em todo o território nacional, a matéria-prima proveniente da agricultura familiar;
g) incluir no incentivo à produção familiar o processamento da matéria-prima e não apenas a sua
produção, de modo a inserir na cadeia do Biodiesel, de forma qualificada, a agricultura familiar e os
assentamentos de reforma agrária;
h) destinar vantagens adicionais, a serem definidas pelo Ministério do Desenvolvimento
Agrário, às empresas, cooperativas e associações que trabalharem com agricultores familiares e/ou
assentados da reforma agrária e que produzam oleaginosas segundo os princÃpios da agricultura
orgânica, da agroecologia, da agrofloresta, do extrativismo sustentável ou da biodinâmica;
i) apoiar a formação de um programa de preços mÃnimos e de renda mÃnima
baseado na garantia de compra da produção de matéria-prima das famÃlias de
agricultores familiares e de assentados da reforma agrária;
j) definir que o semi-árido nordestino seja uma das áreas prioritárias de implantação do
Programa Nacional do Biodiesel e para a aquisição da produção em relação às demais regiões
brasileiras;
k) estabelecer linhas de crédito para os agricultores familiares e assentados da reforma
agrária que participarem do programa, incentivando a segurança alimentar, nutricional e a
segurança hÃdrica;
l) recomendar que o MDA mantenha uma estrutura para acompanhamento da
implantação do Programa Nacional do Biodiesel.
(Publicado no DOU DE 29.11.2004) _________________ Paulo Roberto Szabadi
Santo André - SP
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Paulo Roberto Szabadi |
Enviada: Qui Abr 28, 2005 11:57 am Assunto: |
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Registrado em: Sábado, 19 de Fevereiro de 2005 Mensagens: 72 Localização: Santo André - SP
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Biodiesel no tanque
CombustÃvel produzido com etanol e óleos vegetais está pronto para abastecer ônibus e caminhões
Publicado em 06/02/2004 Ã s 02:00
Brasil tem vantagem com biodiesel
Se tudo correr bem, dentro de dois anos os veÃculos brasileiros movidos a óleo diesel - caminhões, ônibus, tratores e locomotivas- estarão rodando com um percentual de biodiesel no tanque. Um dos candidatos a esse novo combustÃvel foi desenvolvido por meio da reação quÃmica de óleos vegetais com etanol, o álcool extraÃdo da cana-de-açúcar, nos laboratórios da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto. A equipe coordenada pelo professor Miguel Dabdoub - coordenador do Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Limpas (Ladetel) - faz parte de um grupo maior, composto por dezenas de pesquisadores espalhados por todo o paÃs que estudam e desenvolvem alternativas para o diesel de petróleo. Em Ribeirão Preto, eles chegaram a um processo inovador para a obtenção de biodiesel com a descoberta de eficientes catalisadores, substâncias que aceleram a reação quÃmica e transformam óleos de soja, dendê, milho ou mamona, por exemplo, mais o álcool, em um novo produto.
Com as caracterÃsticas de ser totalmente renovável, produzir menos poluentes que o diesel do petróleo e por já existir uma indústria de produção de álcool no paÃs, a adoção do biodiesel à base de etanol facilita a incorporação desse tipo de combustÃvel à matriz energética brasileira. Além disso, os resultados das pesquisas demonstram que o biodiesel é mais eficiente do que o óleo vegetal in natura porque não causa corrosão no motor, não carboniza os bicos injetores de combustÃvel e melhora a partida do veÃculo por ser menos denso e fluir melhor nas mangueiras e dutos.
Fatores econômicos e estratégicos também tornam o biodiesel bem-vindo. Hoje, a frota nacional consome cerca de 37 bilhões de litros de óleo diesel por ano. Em 2005, esse volume subirá para 40 bilhões de litros, conforme projeção da Agência Nacional do Petróleo (ANP). A meta do Programa Brasileiro de Desenvolvimento Tecnológico de Biodiesel (Probiodiesel), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), e mais recentemente do Grupo de Trabalho Interministerial coordenado pela Casa Civil da Presidência da República é montar um amplo plano de produção desse novo combustÃvel, com o incentivo ao plantio de espécies oleaginosas.
Esse combustÃvel servirá como complemento ao óleo diesel comum e, futuramente, poderá ser usado de forma integral nos motores diesel se houver oferta suficiente. A idéia inicial é acrescentar 5% de biodiesel ao óleo originário do petróleo - fórmula conhecida como B5 -, em uma iniciativa similar à que ocorre com a gasolina, que recebe cerca de 25% de etanol. Com essa medida, estima-se que o Brasil reduza em 33%, de um total de 6 bilhões de litros, suas importações de diesel, gerando uma economia anual de US$ 350 milhões, além de um grande número de empregos diretos e indiretos.
Mesmo que o paÃs alcance a auto-suficiência em petróleo nos próximos anos, será preciso continuar importando diesel. O problema é que o óleo extraÃdo das profundezas marÃtimas da costa brasileira tem qualidade inadequada para a produção do diesel. Na maior parte das jazidas, principalmente aquelas da Bacia de Campos, o petróleo é do tipo pesado, caracterizado por ainda não ter completado seu ciclo de maturação e por sofrer um processo de biodegradação natural.
A produção de um composto de óleo vegetal e etanol já é conhecida há alguns anos, mas mostrava-se economicamente inviável devido à s limitações de ordem técnica, como a baixa taxa de conversão da mistura em biodiesel. "A sÃntese que emprega o metanol com óleos vegetais - usado na Europa e nos Estados Unidos - resulta numa transformação da ordem de 98%, enquanto com o etanol chegava a 80%", explica Dabdoub. Outro problema a ser solucionado era a separação da glicerina, um subproduto da reação quÃmica. "O nosso grande desafio foi desenvolver uma metodologia que superasse esses dois obstáculos. Tivemos êxito, no inÃcio deste ano, na obtenção de um processo que permite uma transformação acima de 98% e possibilita a separação espontânea da glicerina, além de diminuir bastante o tempo da reação", diz o pesquisador.
No biodiesel de metanol, o catalisador empregado é o hidróxido de sódio ou de potássio, também conhecido como soda ou potassa cáustica. Para sintetizar o biodiesel de etanol, o pesquisador adicionou, além do catalisador tradicional, uma outra substância catalisadora, cujo nome é mantido em segredo porque o processo de obtenção da patente não está concluÃdo. "Podemos dizer que o novo catalisador é um hidróxido metálico misto, chamado vulgarmente de argila", diz Dabdoub. Segundo ele, o processo de transformação de óleos vegetais e álcool em biodiesel, conhecido como transesterificação, é relativamente simples. O óleo vegetal é misturado ao álcool e aos catalisadores em um reator e sofre agitação por meia hora. Para cada 1 mil litros de óleo são utilizados 200 litros de etanol e de 0,8% a 1% dos agentes catalisadores. Em seguida, a mistura vai para um decantador onde ocorre a separação da glicerina, substância de alto valor agregado, usada por indústrias farmacêuticas, de cosméticos e de explosivos. Uma tonelada de glicerina chega a custar US$ 1,3 mil.
Uma das vantagens do novo combustÃvel é a possibilidade de produzi-lo a partir do óleo de várias plantas. São oleaginosas com diferentes Ãndices de produtividade e adaptação ao mosaico regional do paÃs. Assim, a soja produz 400 litros (l) de óleo por hectare (ha), o girassol, 800 l/ha, mamona, 1.200 l/ha, babaçu, 1.600 l/ha, dendê, 5.950 l/ha, pequi, 3.100 l/ha, milho, 160 l/ha, algodão 280 l/ha e macaúba 4 mil l/ha. "Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o amendoim forrageiro dos cultivares BR-1 e BRS-151 L-7 é resistente à seca e adequado para plantio no semi-árido, rendendo, sem irrigação, 750 l/ha de óleo ou quase 2.100 l/ha no plantio irrigado", informa o professor.
"Utilizamos nos nossos experimentos 11 variedades de óleos vegetais, além de óleos de fritura já usados. Porém preferimos o óleo de soja porque é o mais abundante e o Brasil é o segundo maior produtor mundial desse produto, com um total anual de 54 milhões de toneladas." Mas o plantio de outras oleaginosas pode ser incentivado, elevando a demanda por essas plantas e promovendo o desenvolvimento em vários pontos do paÃs. "Em duas regiões no Estado de São Paulo, no Vale do Ribeira e no Pontal do Paranapanema, a macaúba poderia ser empregada, enquanto no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, por exemplo, o biodiesel poderia ser produzido a partir do pequi. Para as regiões Norte e Nordeste, isso poderá ser feito com óleo de babaçu, amendoim e dendê."
Hoje existe uma grande discussão no âmbito federal sobre a produção de biodiesel com óleo de mamona. Principalmente para a região do semi-árido nordestino. Para Dabdoub isso é possÃvel, mas é preciso também uma boa dose de precaução e muitos testes. "A reação de transesterificação acontece muito bem com o óleo de mamona. Dessa forma, a produção do biodiesel não é problema. Porém precisamos de pesquisas conclusivas sobre os efeitos causados pelo uso prolongado do biodiesel de mamona nos motores", diz. Isso é necessário porque existe um grupamento quÃmico equivalente a um álcool na molécula do óleo de mamona que torna as caracterÃsticas fÃsico-quÃmicas do biodiesel produzido com esse vegetal bastante diferentes daquelas observadas para os ésteres (compostos de carbono, hidrogênio e oxigênio que caracterizam o biodiesel), metÃlicos ou etÃlicos, derivados de qualquer outro óleo. Esse grupamento pode se tornar uma séria restrição técnica que somente os resultados práticos e concretos das pesquisas poderão eliminar.
Independentemente do óleo a ser usado, o processo de produção do biodiesel desenvolvido pelo Ladetel possui outras vantagens que o tornam superior também na fabricação de biodiesel de metanol. "Conseguimos fazer a reação em 30 minutos, enquanto o processo tradicional leva seis horas. Com isso, somos 12 vezes mais produtivos", diz Dabdoub. Essas novas caracterÃsticas aliadas à transformação quÃmica que acontece a frio, na temperatura ambiente, tornaram o processo de produção do biodiesel tecnicamente viável, reduzindo o consumo energético e os custos operacionais.
Apesar da eficiência do processo de conversão e do aproveitamento da glicerina, o biodiesel brasileiro ainda é mais caro do que o diesel comum. O percentual depende do preço do óleo empregado na produção. Mas a diferença, diz Dabdoub, poderá ser facilmente anulada se o governo desonerar o produto de impostos na fase inicial do programa, antes de atingir a produção em grande escala. O pesquisador acrescenta que o novo combustÃvel não exige modificações no motor para que ele funcione normalmente, mesmo que se adote o uso do biodiesel etÃlico sem a presença do diesel de petróleo.
O uso exclusivo traz inúmeras vantagens, a começar pelo fato de ser um combustÃvel totalmente nacional e 100% renovável. Há também ganhos ambientais, como a redução da emissão de gases poluentes. O uso do biodiesel na sua forma pura diminui a emissão de dióxido de carbono em 46% e de material particulado em 68%. Se for usada a mistura B5, a redução de fumaça preta chega a 13%. Segundo Dabdoub, o biodiesel puro é isento de enxofre, componente do óleo diesel e gerador de chuva ácida. "A grande vantagem do biodiesel etÃlico é que ele proporciona uma combustão muito mais limpa", diz José Domingos Fontana, coordenador do Centro Brasileiro de Referência em BiocombustÃveis (Cerbio) e diretor técnico do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar).
Para provar a eficácia do biodiesel de etanol, Dabdoub fechou acordo com empresas, entidades e instituições de pesquisa para a realização de testes de desempenho, consumo e potência. Essas parcerias, que incluem também usinas de álcool da região de Ribeirão Preto, foram a fonte de grande parte dos recursos financeiros que o Ladetel utilizou nos estudos. Um dos principais testes foi feito pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Jaboticabal, que ficou responsável por verificar a eficiência do produto em tratores agrÃcolas. Os ensaios ficaram a cargo do engenheiro agrÃcola Afonso Lopes, professor do Departamento de Engenharia Rural da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV).
Além do apoio financeiro da FAPESP, o pesquisador recebeu um trator como resultado de uma parceria com a Valtra do Brasil e a Cooperativa dos Cafeicultores e Citricultores de São Paulo (Coopercitrus). Lopes testou o combustÃvel no trator, modelo BM100, com 100 cavalos de potência no motor, equipado com um sistema de medição de combustÃvel desenvolvido na Unesp.
O veÃculo foi avaliado em condição de preparo de solo com uma grade aradora sob cinco tipos de mistura biodiesel-diesel de petróleo: B100 (apenas biodiesel), B25 (25% de biodiesel e 75% de diesel), B50 (metade biodiesel e metade óleo), B75 (75% de biodiesel e 25% de óleo) e B0 (somente diesel). "O funcionamento do trator foi normal com todas as misturas. Constatamos que até o limite de 50% de biodiesel não foram notadas alterações significativas no consumo. Quando o trator funcionou com 100% de biodiesel, o consumo aumentou, em média, 11%", conta Lopes. Segundo o pesquisador, isso aconteceu porque, em relação ao diesel, o biodiesel tem menor poder calorÃfico - de 3% a 4% - e por isso consome mais quando a mistura é superior a 50%. A próxima etapa do estudo será avaliar a emissão de poluentes.
O produto desenvolvido no Ladetel também foi testado em carros, locomotivas, motores e geradores elétricos. Nesse último caso, a parceria foi estabelecida com a empresa Branco, do Paraná, em abril deste ano. "Os resultados têm sido altamente satisfatórios", diz Dabdoub. "Observamos redução na emissão de poluentes e agora estamos realizando testes de durabilidade empregando o biodiesel puro (B100)." Os ensaios com locomotivas estão sendo executados pela América Latina LogÃstica (ALL), concessionária ferroviária com atuação no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Argentina. No primeiro momento, foram realizados com sucesso testes laboratoriais para medir consumo, potência e emissões.
A segunda fase envolverá o uso do combustÃvel na forma B25 em locomotivas que rodarão nos trechos Ourinhos-Apucarana e Curitiba-Apucarana durante um ano. "Em função dos resultados, a ALL avaliará a possibilidade de usar biodiesel em toda a frota", afirma Dabdoub. Por fim, o biodiesel também está sendo testado nas misturas B20, B30 e B100 em veÃculos de passeio com motores diesel produzidos para exportação, como no caso dos automóveis das montadoras francesas Peugeot e Citroen.
Os estudos da USP concentram-se na análise de consumo de combustÃvel, durabilidade e emissão de poluentes (monóxido e dióxido de carbono, dióxido de enxofre, hidrocarbonetos não queimados, gases de nitrogênio e material particulado). Os testes de durabilidade são realizados com o carro percorrendo, no mÃnimo, 80 mil km, e a análise da variação das emissões de gases poluentes é feita a cada 20 mil km. "Também fazemos testes com os motores cedidos por essas montadoras em colaboração com os professores Antônio Moreira e Josmar Pagliuso, da Escola de Engenharia Mecânica da USP de São Carlos. Esses mesmos ensaios são feitos de forma paralela na sede da PSA Peugeot-Citroen na França", conta Dabdoub.
Além da USP de Ribeirão Preto, existe no Brasil uma extensa rede que envolve universidades, institutos de pesquisa, associações empresariais, agências reguladoras e de fomento, empresas, cooperativas e organizações não governamentais (ONGs) interessadas no desenvolvimento e na implementação do biodiesel. Um trabalho importante é feito pelo Tecpar, um dos pioneiros na pesquisa da mistura álcool etÃlico e diesel de petróleo como combustÃvel.
Desde 1998, vários ônibus de empresas associadas à Urbanização de Curitiba (Urbs) circulam na cidade com uma mistura de óleo diesel (89,4%), etanol (8%) e um aditivo à base de soja (2,6%), batizada de Mistura de Ãlcool no Diesel (MAD- , combustÃvel que algumas vezes é erroneamente chamado de biodiesel. Ocorre que, segundo normas internacionais, a simples mistura não caracteriza o produto. O aditivo utilizado foi fabricado e fornecido pela empresa Ecomat de Mato Grosso. Em outra pesquisa do Tecpar, ônibus circularam em Curitiba com biodiesel metÃlico importado dos Estados Unidos e diesel fóssil numa proporção de 20-80.
No Rio de Janeiro, uma experiência realizada pelo Instituto Alberto Luiz de Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria com o governo do estado, testou com sucesso um ônibus movido a biodiesel feito com óleo reciclado doado pela rede de lanchonetes McDonald`s. Esse tipo de óleo residual usado no Rio também é objeto de estudo no Ladetel, que mantém um subprojeto que faz parte do Projeto Biodiesel Brasil, nome do estudo coordenado por Dabdoub.
O grupo utiliza material doado pelos refeitórios universitários da USP na capital e no interior e também pelo McDonald`s.Entre as empresas, a Petrobras desenvolve seu programa de biodiesel, iniciado há dois anos. A estatal pretende colocar em funcionamento, no final de 2004, uma usina-piloto para produção de biodiesel feito com óleo de mamona e álcool etÃlico. A unidade será instalada em Mossoró, no Rio Grande do Norte, e terá produção inicial estimada em 5 mil litros de biodiesel por dia. O combustÃvel será testado em veÃculos da própria companhia. O programa tem um forte viés social, porque prevê a compra do óleo de pequenos produtores, que poderão usar a água dos poços perfurados pela Petrobras, onde não foi encontrado petróleo, para irrigar as plantações.
No campo e na cidade
O óleo de mamona também é o principal ingrediente de estudos realizados na Embrapa. A instituição, em parceria com o Instituto de QuÃmica da Universidade de BrasÃlia (UnB), desenvolveu um equipamento capaz de transformar óleo vegetal em óleo diesel vegetal, com caracterÃsticas fÃsico-quÃmicas diferentes do biodiesel. "É um processo muito simples. Não usamos a transesterificação, mas uma técnica por craqueamento (quebra das cadeias de moléculas de carbono) térmico-catalÃtico. O óleo vegetal é colocado em um craqueador de aço inoxidável e é submetido a uma temperatura de 360ºC. De cada 100 litros de óleo vegetal, são produzidos 60 litros de óleo diesel vegetal, 20 litros de gasolina e querosene, 10 litros de gás e 10 litros de água", afirma o pesquisador da Embrapa José Roberto Rodrigues Peres, um dos responsáveis pela inovação.
Segundo Peres, a técnica será direcionada para comunidades rurais isoladas, permitindo que pequenos produtores tenham capacidade para gerar seu próprio combustÃvel. No Ceará, um projeto de desenvolvimento de biodiesel é liderado pela empresa Tecnologias Bioenergéticas (Tecbio), incubada no Parque Tecnológico da Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial (Nutec).
A partir de 2004, a frota de ônibus da empresa Guanabara, de Fortaleza, deverá começar a ser abastecida com biodiesel à base de mamona produzido pela Tecbio. Para isso, estão sendo semeados 10 mil hectares da planta no estado. A expectativa dos pesquisadores envolvidos no projeto é que seja criado um emprego para cada 2 hectares plantados, gerando um rendimento de R$ 500,00 por hectare. Com todas essas experiências, fica fácil imaginar um futuro promissor para o biosiesel no paÃs, em bem pouco tempo, trazendo grandes benefÃcios sociais, econômicos e ambientais.
Diesel usou óleo vegetal
Foi a partir da invenção do motor diesel, pelo engenheiro francês de origem alemã Rudolph Christian Carl Diesel (1858-1913) no final do século 19, que se vislumbrou, pela primeira vez, a possibilidade de se usar óleos vegetais como combustÃvel. Foi apenas na primeira década do século passado que o óleo diesel passou a ser produzido a partir do petróleo.
A primeira patente de biodiesel feito com óleo de amendoim e metanol foi depositada no Japão na década de 1940, seguida de outras três patentes norte-americanas na década de 1950. No Brasil, as pesquisas tiveram inÃcio nos anos de 1980 com a criação do Programa de Óleos Vegetais (Oveg). O pioneirismo coube, entre outros, à Universidade Federal do Ceará (UFC), responsável pela primeira patente brasileira de um processo de biodiesel. Pesquisadores cearenses produziram o combustÃvel com uma mistura de vários óleos vegetais com metanol e etanol.
"O programa brasileiro não vingou nessa época por motivos econômicos. Faltou uma visão estratégica de longo prazo que permitisse a superação das deficiências tecnológicas como foi feito com o programa do álcool (Proálcool)", conta o professor Miguel Dabdoub. Nos anos de 1990, paÃses da Europa começaram a implantar programas de uso do biodiesel.
Atualmente, 2 milhões de veÃculos rodam no continente com esse combustÃvel. Na Alemanha e na Ãustria, emprega-se o biodiesel puro, enquanto nos demais paÃses ele é misturado ao diesel na proporção de 5% a 20%. Em 2005, 2% de todo o combustÃvel consumido na Europa deverá vir de fontes renováveis. Em 2010, esse percentual sobe para 5,75%. _________________ Paulo Roberto Szabadi
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Paulo Roberto Szabadi |
Enviada: Qui Abr 28, 2005 12:01 pm Assunto: |
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Registrado em: Sábado, 19 de Fevereiro de 2005 Mensagens: 72 Localização: Santo André - SP
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Café é matéria-prima para obtenção do biodiesel
17 de janeiro de 2005
Novo destino está sendo traçado, na UFMG, para os grãos de café classificados como defeituosos, e que não ganham o mercado externo. Por sugestão do Sindicato das Indústrias do Café de Minas Gerais (Sindcafé), professores da Escola de Engenharia iniciaram pesquisa sobre a viabilidade de seu aproveitamento para a produção de biodiesel. Os estudos são financiados pela Fapemig, que aprovou, em 2003, a liberação de R$ 30 mil.
O valor destina-se ao custeio de pequena escala de trabalho em laboratório, informa uma das coordenadoras da pesquisa, a professora Adriana Silva França, do departamento de Engenharia QuÃmica. O trabalho consiste em realizar a extração do óleo, isolar impurezas e verificar a viabilidade de seu uso para a produção do biodiesel. O método vale-se de solventes, indicado para sementes de baixo teor de óleo, como as do café.
Estima-se que, de cada 100 quilogramas de café, é possÃvel obter 12 quilogramas de óleo. Apesar de produzir pouco óleo - a soja fornece 20% e o babaçu 60% de sua massa -, o café possui vantagens em relação a outras oleaginosas, sobretudo devido ao volume de sua produção e ao custo reduzido do processo de aproveitamento dos grãos defeituosos, cuja separação já ocorre no beneficiamento convencional.
Rede organizada
O fato do café ser uma cultura consolidada, que conta com ampla rede de agricultores e empresários organizados, é outro fator importante para o aproveitamento dos grãos como combustÃvel biodegradável. Diversificar o destino dos grãos também interessa aos cafeicultores devido à queda sistemática dos preços do café no mercado internacional nas últimas décadas.
A utilização de grãos de culturas regionais poderia ser o caminho mais adequado para o Brasil obter sucesso na produção de matérias-primas para a biodiesel, avalia o professor Leandro Soares de Oliveira, do departamento de Engenharia QuÃmica que, junto a Adriana França, coordena a pesquisa na área. Ele observa que a instalação de unidades regionais de produção de biodiesel utilizando oleaginosas locais, além de reduzir custos, permitiria gerar novos empregos e facilitaria o escoamento do produto para a própria comunidade. Minas Gerais responde por quase metade da produção nacional de café, e o Brasil é o lÃder mundial. Só em 2004, o paÃs colheu cerca de 2,5 milhões de toneladas de grãos – estima-se que 430 mil serão defeituosos, o que daria para extrair 41,24 mil toneladas de óleo para biodesel.
O consumo de diesel no Brasil chega a R$ 40 bilhões de litros ao ano. "Com a nova regulamentação, que autoriza a mistura de 2% do biocombustÃvel ao diesel, o mercado precisará produzir 800 milhões de litros de biodiesel ao ano", estima o professor Inácio Loiola Campos, do departamento de Engenharia Nuclear da Escola de Engenharia.
De acordo com Leandro de Oliveira, o aproveitamento de grãos de culturas regionais como matéria-prima de combustÃveis pode ajudar a fortalecer uma mentalidade de pesquisa em biodiesel no paÃs. Além dos centros de pesquisa da Petrobrás e do Cetec, que desenvolveram tecnologia na área, há, segundo o professor, dois grandes grupos – sediados na USP e UFRJ -, que estudam biocombustÃveis a partir de diversas fontes.
"As competências estão sendo formadas", analisa Oliveira, que participa da estruturação do laboratório de biodiesel na Escola de Engenharia e de novo grupo de pesquisa na UFMG sobre biocombustÃvel, ao lado de Adriana França, Inácio Loiola e Ramón Molina, este do departamento de Engenharia Mecânica. O objetivo é expandir a pesquisa com diversas matérias-primas e desenvolver projeto para implantação, na Universidade, de unidade de produção de biocombustÃveis.
Sobre a importância da pesquisa na área, Inácio Loiola lembra que o peso do petróleo e da eletricidade de origem hidráulica é muito alto na matriz energética do Brasil. "Se houver nova crise, o paÃs poderá amargar graves conseqüências", prevê o professor. Loiola desenvolve tese de doutorado em que compara o diesel ao biodiesel feito a partir de várias oleaginosas. Os itens analisados são emissão de poluentes, desempenho do motor e oxidação do biodiesel, freqüente 90 dias após de sua produção. Quando isso ocorre, ele tem suas caracterÃsticas alteradas e pode causar danos ao motor e ao meio ambiente.
Biodiesel
Derivado de óleos vegetais ou de gorduras animais, é um combustÃvel para motores a combustão interna com ignição por compressão, renovável e biodegradável, capaz de substituir parcial ou totalmente o óleo diesel de origem fóssil. Ele permite reduzir, drasticamente, a emissão de poluentes na atmosfera. A indústria automobilÃstica já possui cronograma para converter motores de carro de passeio para diesel, o que aumentará sua vida útil e o consumo de biodiesel no paÃs. _________________ Paulo Roberto Szabadi
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adalberto |
Enviada: Ter Mai 03, 2005 6:53 am Assunto: |
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Registrado em: Segunda-Feira, 20 de Dezembro de 2004 Mensagens: 7501 Localização: são paulo/ Pq. Edu Chaves/ZN
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Olá pessoal !
Houvi hoje pela manhã no radio que a petrobras está lançando o diesel 500 com 75% a menos de enxofre e este combustivel será destinado aos grandes centros para diminuir a poluição.
Aos catedráticos fica a pergunta: porque não eliminar totalmente já que o composto é prejudicial ? Porque esse composto (enxofre) está contido no combustivel ?
adalberto |
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Paulo Roberto Szabadi |
Enviada: Ter Mai 03, 2005 7:46 am Assunto: |
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Registrado em: Sábado, 19 de Fevereiro de 2005 Mensagens: 72 Localização: Santo André - SP
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adalberto escreveu: |
Olá pessoal !
Houvi hoje pela manhã no radio que a petrobras está lançando o diesel 500 com 75% a menos de enxofre e este combustivel será destinado aos grandes centros para diminuir a poluição.
Aos catedráticos fica a pergunta: porque não eliminar totalmente já que o composto é prejudicial ? Porque esse composto (enxofre) está contido no combustivel ?
adalberto |
Adalberto, o enxofre esta presente na composição do petróleo e dentro do processo quÃmico de produção há uma maior concentração em um derivado ou outro. No caso do diesel, é necessário equipamentos de alta tecnologia e grandes investimentos de estudo, assim foi a produção do diesel com 0,5% de enxofre, esta é sua especificação correta. A Petrobrás faz muitos produtos já com especificação bem abaixo do que é imposto pela ANP. Só lembrando, que o paÃs mais desenvolvido no mundo produz diesel com enxofre à 5,0% e ainda adiciona chumbo tetraetila na gasolina.
Espero ter esclarecido. _________________ Paulo Roberto Szabadi
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Editado pela última vez por Paulo Roberto Szabadi em Ter Mai 03, 2005 7:55 am, num total de 1 vez |
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Paulo Roberto Szabadi |
Enviada: Ter Mai 03, 2005 7:47 am Assunto: |
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Registrado em: Sábado, 19 de Fevereiro de 2005 Mensagens: 72 Localização: Santo André - SP
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Só mais uma coisa, o enxofre é uma das matérias-primas para a fabricação do cimento. _________________ Paulo Roberto Szabadi
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Daniel |
Enviada: Ter Mai 03, 2005 9:23 am Assunto: |
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Registrado em: Sexta-Feira, 7 de Mai de 2004 Mensagens: 191 Localização: Rio de Janeiro
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Tudo bem. Acho que com está matéria não vai restar duvidas sobre o novo combustivel.
E nos motores o que o biodiesel vai favorecer. E o preço vai baixar com tudo isso. Acho dificil. |
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Paulo Roberto Szabadi |
Enviada: Ter Mai 03, 2005 5:24 pm Assunto: |
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Registrado em: Sábado, 19 de Fevereiro de 2005 Mensagens: 72 Localização: Santo André - SP
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Daniel escreveu: |
Tudo bem. Acho que com está matéria não vai restar duvidas sobre o novo combustivel.
E nos motores o que o biodiesel vai favorecer. E o preço vai baixar com tudo isso. Acho dificil. |
Daniel, lendo as matérias que eu repassei no fórum dá para se ter uma boa noção do que ocorrerá. Dê uma olhada.
Abraços no engate... _________________ Paulo Roberto Szabadi
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Daniel |
Enviada: Ter Mai 03, 2005 8:14 pm Assunto: |
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Registrado em: Sexta-Feira, 7 de Mai de 2004 Mensagens: 191 Localização: Rio de Janeiro
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Obrigado Paulo. Li com mais tempo agora e compreendo. |
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Thales Pimenta |
Enviada: Dom Set 11, 2005 8:57 pm Assunto: |
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Registrado em: Domingo, 7 de Dezembro de 2003 Mensagens: 2993 Localização: Sudoeste de MG
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Olá pessoall,
vejam esta interessante reportagem sobre o biodiesel.
EDITADO
[]'s
Thales Pimenta _________________ C-10 1971 - Tanque, pro pau!
Deus me disse: filho, você está indo pro mau caminho...
Eu respondi: Senhor, não esquenta, estou indo de C-10...
--------------------------------------------------------
Não basta se registrar... Tem que participar!
Editado pela última vez por Thales Pimenta em Ter Dez 27, 2005 3:09 pm, num total de 1 vez |
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cepalopoli |
Enviada: Seg Set 12, 2005 7:06 pm Assunto: |
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Registrado em: Quinta-Feira, 21 de Outubro de 2004 Mensagens: 503 Localização: Centro Oeste de SP
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Olá pessoal
Medida importante sem duvida nehuma tanto a nivel ambiental como social ... , e o que aconteceria com quem tem motores antigos mas em muito bom estado de funcionamento sera que estes motores se configurariam com uma mistura muito diferente desta usada por todos nos dias de hoje ? talves trocando a bomba injetora do veiculo resolveria ? e os bicos como é ficariam ? tenho todas estas duvidas .
Abraço a todos
Carlos Eduardo _________________ D10 Perkins 4.236 a mais inteira da região !
De Lobo do Mar para Velho do rio o importante é NAVEGAR! não importa onde nem o tamanho do barco . |
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