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REPORTAGENS | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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A General Motors apresenta a Blazer, primeiro utilitário esportivo nacional. Texto e Reportagem: Angelo Trevison. Fotos: Ivan Carneiro.
O conceito de sport utility (ou utilitário esportivo), aquele tipo de carro que une a capacidade de enfrentar terrenos acidentados à utilização familiar nas horas de lazer, está se firmando no Brasil. Até meados deste ano, fazer parte desse segmento era um privilégio restrito aos importados. Entre janeiro e setembro, por exemplo, a americana Ford Explorer (com 1.009 unidades vendidas) e as japonesas Toyota Hilux (líder do mercado, com 2.476), Mitsubishi Pajero (com 1.335) e Nissan Pathfinder (com 240) reinavam absolutas. Essa situação, porém, tende a mudar. Agora as montadoras nacionais voltaram seus olhos para esse filão, e a primeira delas é a General Motors. Dando prosseguimento a um audacioso projeto de US$ 250 milhões - iniciado com o desenvolvimento da S10 -, ela resolveu bancar, por aqui, a produção da Blazer, uma idéia originariamente americana, criada sobre a mesma plataforma da picape S10. Em 1996, 1.500 unidades do primeiro utilitário esportivo nacional sairão da fábrica de São José dos Campos (SP). Dessas, 70% serão representados pela DLX (versão top, testada nessa reportagem). "Também exportaremos a Blazer para Paraguai e Argentina", acrescenta o diretor de Assuntos Corporativos José Carlos Pinheiro Neto. Yes, nós também temos conforto Por aqui, além da DLX, a Blazer estará disponível na versão standard, ambas com motor a gasolina e tração 4x2. Da "irmã" americana, a Blazer nacional herdou o nome e a cabine, praticamente a mesma. Além disso, o consumidor brasileiro terá, a partir de agora, a oportunidade de desfrutar, na de série, na DLX, das mesmas características de carro de luxo presentes no modelo original: ar-condicionado, direção hidráulica, luz de leitura com duplo foco, trio elétrico, rádio AM/FM com toca-fitas, volante de direção de quatro raios espumado (que oferece boa empunhadura) e descansa-braços. Como opcionais, CD player (idêntico ao americano) e um console de teto com luz de leitura, mostrador digital com bússola eletrônica, porta-óculos e porta-documentos. Futuramente, contará com a opção de câmbio automático, oferecido nos Estados Unidos. No asfalto ou na terra, a dirigibilidade da Blazer é boa, graças ao conjunto de sua suspensão. A dianteira, igual à da S10, ganhou uma barra estabilizadora, com diâmetro maior, idêntica à da traseira. Isso resultou em mais estabilidade, e ajuda a explicar os 0,77g alcançados na prova de aceleração lateral. Boa marca, apenas 0,01g abaixo do número obtido pela picape S10 em um teste anterior. A tração traseira conta com diferencial do tipo Positraction. Esse sistema entra em ação quando uma das rodas perde tração. Por meio de atrito, a roda destracionada transmite parte da força para a tracionada, fazendo com que o carro se movimente. A frenagem em 32,0 m, com o veículo vindo a 80 km/h, foi melhor que a marca apresentada pela Mitsubishi Pajero (34,1 m), mas pior que a da Ford Explorer (28,9 m) - concorrentes diretos comparados no teste publicado em janeiro de 1994. Durante as outras avaliações, pudemos perceber o quando faz falta um motor mais potente que o desse utilitário - o mesmo da S10, com 2.198 cm3, capaz de gerar 106 cv a 4.800 rpm. Para acelerar de 0 a 100 km/h, por exemplo, o carro precisou de 19s10. Bem mais que os 12s60 e os 15s46 exigidos por Explorer e Pajero. Em velocidade máxima, ficou nos 157,5 km/h, abaixo dos 172,6 km/h da Explorer e pouco acima dos 156,6 km/h da Pajero. Em comum, S10 e Blazer trazem, ainda, o câmbio mecânico de cinco velocidades, com overdrive. Apesar de 185 kg mais pesada, a Blazer tem curva de torque superior ao da S10 (192 kgfm a 2.800 rpm contra 19,2 kgfm a 3.400 rpm). Na retomada de 40 a 100 km/h foi pouco mais lenta, cumprindo a prova em 37s61 (contra 36s00). Em consumo, a GM alcançou média de 8,31 km/l (a Pajero roda 7,96 km/l, e a Explorer, 7,74 km/l). As diferenças estéticas entre a nossa Blazer e a americana ficam evidentes na lateral. O modelo brasileiro possui uma saliência sobre a caixa de roda traseira. Tem a mesma frente arredondada, mas é muito mais bonita, sem excesso de detalhes cromados que caracterizam a outra. Seu maior trunfo, no entanto, está no preço: a versão testada, DLX básica, custa R$ 31.900, enquanto importados como a Ford Explorer saem por R$ 49.935. Bom motivo para o consumidor começar a considerar esse utilitário como uma nova opção para o lazer.
Fonte: Quatro Rodas, nº 425, Dezembro/1995. |
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